segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
Ribeira Quente acolhe "Histórias de Mulheres na Pesca"
Nos dias 26, 27 e 28 de Novembro, duas dezenas de mulheres da pesca dos Açores, juntaram-se na Ribeira Quente para integrar uma oficina de Teatro d@ Oprimid@ (TO) e participar num debate sobre desenvolvimento das zonas costeiras.
Durante 3 dias, mulheres de diferentes portos da ilha de São Miguel, tais como Ribeira Quente, Rabo de Peixe, Água de Pau, Porto Formoso, assim como mulheres das ilhas Flores, Pico e Terceira, conviveram e partilharam entre si experiências e opressões, sentimentos e histórias de vida, num trabalho de reforço da sua afirmação pessoal e colectiva potenciado pelas dinâmicas do Teatro d@ Oprimid@*.
O resultado deste trabalho foi apresentado em Teatro Fórum na tarde de dia 28, no Centro Social e Paroquial da Ribeira Quente, tendo-se registado uma boa afluência de público que participou activamente no fórum após a encenação das 3 histórias criadas durante a oficina.
Promovido pela UMAR-Açores, no âmbito do projecto “Caminhos em Terra e no Mar”, patrocinado pela Subsecretaria Regional das Pescas, e co-organizado com a Ilhas em Rede, Associação de Mulheres na Pesca dos Açores, esta iniciativa contou com as parcerias da Cooperativa de Pescadores da Ribeira Quente, Centro Social e Paroquial da frequesia e Descalças Cooperativa Cultural.
O debate sobre o Desenvolvimento das Comunidades Costeiras, que teve lugar na tarde de dia 27, contou com a presença dos representantes de associações da pesca, Gualberto Rita e Liberato Fernandes, bem como com o Pe. Silvino Amaral, presi- dente do Centro Paroquial da Ribeira Quente. A anteceder o debate foi feita a apresentação do projecto “Caminhos em Terra e no Mar” tendo-se abordado ainda os seus antecedentes. Também as associações Ilhas em Rede e AMPA deram-se a conhecer aos presentes falando dos objectivos e do trabalho que tem vindo a desenvolver.
* O Teatro d@ Oprimid@ é encarado enquanto forma de conhecimento, enquanto instrumento de transformação da sociedade: todos os seres humanos são actores, porque agem, e espectadores, porque observam. Como explica Augusto Boal, o teatro deve trazer felicidade, deve ajudar-nos a conhecermos melhor a nós mesmo e ao nosso tempo. (...)Pode nos ajudar a construir o futuro, em vez de mansamente esperarmos por ele. O objectivo imediato é o ensaio crítico, o empoderamento, a quebra de isolamento, mas o objectivo mais vasto é o ensaio de acção colectiva.
Texto e foto: Laurinda Sousa
Mais informação em http://pt.wikipedia.org/wiki/Teatro_do_oprimido
Nota: ver mais fotos no blogue da Ilhas em Rede http://ilhasemrede.wordpress.com/
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