segunda-feira, 9 de agosto de 2010

"A luta pela pesca sustentável protagonizada no feminino"

"No decorrer do projecto, com a duração de dois anos e meio, estão previstas, entre outras, actividades como a promoção e a participação em encontros regionais e transnacionais, várias acções de formação, actividades de investigação e promoção do empreendedorismo feminino, para além da recolha e compilação de receitas de peixe em todas as ilhas, bem como o lançamento de um novo portal na internet, em fase de construção.
Para Setembro, a confirmar, está a ser preparado um encontro-debate sobre o papel das mulheres na pesca artesanal e qual o seu futuro. 'Pensamos ter contributos por parte das mulheres das diferentes ilhas nesta reflexão, e contamos também ter colaborações a nível europeu (e não só da rede europeia de mulheres da pesca AKTEA). A grande pesca industrial a continuar, vai provavelmente prejudicar a sustentabilidade ao contrário da pesca artesanal', faz notar.
No que respeita a acções de formação, Clarisse Canha revela que uma delas vai ter lugar na Ribeira Quente, em São Miguel, talvez em Novembro, por 'se tratar de uma comunidade piscatória com muito "peso". Temos vindo a desenvolver muito trabalho em Rabo de Peixe, com resultados, e parece-nos que está na hora de articular com outras comunidades piscatórias'. A Ilhas em Rede e a Cooperativa de Economia Solidária da Ribeira Quente vão ser entidades parceiras.
Caminhos em Terra e no Mar será a terceira etapa do movimento de valorização das mulheres na pesca nos Açores, sucedendo aos projectos Mudança de Maré e As Mulheres na Pesca nos Açores. Um dos resultados desse trabalho, foi a publicação dos livros "Inclusão, Percursos para a Igualdade" (2006) e "Estamos cá. Existimos" (2008). No final deste novo projecto, outro livro será lançado, que compilará as receitas.

Jornalista: Olímpia Granada
Fonte: Jornal Açoriano Oriental 9 de Agosto de 2010

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